segunda-feira, 5 de novembro de 2012

7 momentos obscuros de programas infantis

Personagens coloridos, canções felizes e grandes lições sobre amizade e coragem. Se é isso que você espera encontrar em programas infantis, pode se surpreender. Com episódios polêmicos e finais bastante sombrios, séries e desenhos voltados para crianças podem causar mais pesadelos do que filmes de terror. Relembre alguns momentos obscuros de alguns programas infantis.



1. Bimbo’s Initiation (1931) – múltiplas formas de tortura e crueldade

Não bastasse ser um personagem esquecido, o cachorro Bimbo, protagonista do pequeno curta da Fleischer Studios, parece estar vivendo um pesadelo aterrorizador. Ao cair por um bueiro, o infeliz cão encontra uma série de “Velas do Mal”, que o recrutam para uma seita. Ele recusa, mas sua ~iniciação~, como define o título da animação, tem início de todo jeito: Bimbo passa a ser submetido a variadas formas de tortura.

Depois de sobreviver (por pouco) às crueldades, ele é lançado em um quarto onde descobre que o líder das velas malvadas é na verdade a aparentemente doce pin-up Betty Boop. Um final feliz? Não, não, não. De repente, é revelado que não apenas o líder, mas todos os membros da sociedade têm o rosto de Boop. Enlouquecido, ele desiste de resistir ao pesadelo e junta-se ao bando. E então, uma última surpresa: o responsável por enviá-lo a este mundo de sofrimento é ninguém menos que Mickey Mouse. Pesadelo garantido para as criancinhas.


2. The Little Pest (1931) – um bebê apanha e é afogado

Se você tem um irmão mais novo certamente aprendeu importantes lições com o desenho The Little Pest. Caso você seja o caçula, é provável que nunca mais tenha olhado com os mesmos olhos para aquele outro filho dos seus pais. A animação da Columbia Pictures tem como protagonista Scrappy, o violento irmão mais velho de Oopy, um bebê que insiste em segui-lo para todos os cantos. O objetivo de Scrappy é se livrar do irmãozinho para que possa pescar com o seu cão. E, para atingir sua meta, não há limites para a violência – ele não hesita em empregar socos violentos que lançam longe o bebê.

O toque final de crueldade acontece quando eles chegam ao lago: Oopy cai na água. Scrappy finge não ouvir e começa a sair de fininho, abandonando o irmão mais novo à própria sorte. Até que ele tem uma visão – não de sua consciência, mas da cadeira elétrica. Isso mesmo, crianças: se você matar seu irmão pode acabar sendo condenado e preso, e esta é a única razão pela qual não deve tentar isso em casa. Scrappy resgata Oopy e até parece se importar com seu bem estar por alguns instantes. Isto é, até o caçula pedir um pouco de água. Nesse ponto Scrappy se irrita novamente e arremessa o irmãozinho (que não sabe nadar, lembre-se) na água. Fim.


3. Tom e Jerry – frustrados no amor, Tom e Jerry se matam
Episódio: Blue Cat Blues (1956)

Se você sempre se sentiu um pouco culpado por torcer secretamente para que Tom pegasse o Jerry, fique sossegado. O trágico momento imaginado por você dificilmente é pior do que aquele apresentado pelos produtores da animação. Durante os quase 20 anos em que o desenho foi produzido, a dupla sobreviveu às mais improváveis desaventuras: de ratoeiras e cães bravos a explosões, o gato e o rato pareciam indestrutíveis. Isto é, até se apaixonarem.

O curta-metragem, exibido originalmente em 1956, logo nos apresenta um Tom desolado, sentado nos trilhos de um trem, dando claras indicações de que não pretende se levantar para a passagem dos vagões que se aproximam. “Tudo vai acabar logo”, diz a funesta narração de Jerry. Depois de perder a amada para um milionário, Tom faz de tudo para reconquistá-la (chegando até mesmo a se entregar à trabalhos escravos!). Acompanhamos então a queda livre emocional do felino, que resolve afogar as mágoas do insucesso no álcool. Onde está Jerry enquanto tudo isso acontece? Comemorando o quão sortudo é por ter uma namorada que, ops, está o traindo. A decepção une a dupla novamente, que aguarda nos trilhos a chegada do trem da morte. The End.


4. Punky levada da breca – a pequena protagonista perde todos seus amigos e sua família
Episódio: The Perils of Punky (1985)

A precoce Punky protagonizou nos anos 1980 um episódio digno de filmes de terror. Junto de seus amigos, a levada da breca resolve acampar na floresta. Eles não demoram muito para se perderem, claro. Alojados dentro de uma caverna, resolvem passar o tempo contando histórias de terror – mais especificamente, histórias de terror sobre crianças que se perdem na floresta e buscam abrigo em uma caverna. A metalinguagem é provavelmente um dos motivos que tornam o episódio um pouco mais perturbador: se você piscar na hora errada pode perder a importante informação de que os horrores prestes a serem vistos não estão, na verdade, acontecendo com a protagonista e seus amigos.

Um grupo de índios encontra os garotos e os informa que um espírito maldito habita a caverna e que Punky Brewster é a única que pode derrotá-lo. As crianças, sendo crianças, aceitam o desafio. Não demora muito para que todos os seus amigos desapareçam – e reapareçam apenas como cabeças (decapitadas?) na parede. A sequência de horror ainda inclui o pai adotivo de Punky decidindo abandonar as buscas pela garota e seu cachorrinho sendo transformado em um esqueleto. Por fim, ela consegue derrotar o espírito e descobrimos que tudo fazia parte da história contada pelos garotos. Mas, para manter a garotada aterrorizada por mais um tempo, este foi um episódio duplo – o que significa que tiveram que esperar uma semana para descobrir o que acontecia no final.


5. Alf, o ETeimoso – o protagonista é capturado pelo governo
Episódio: Consider Me Gone (1990)

Vindo do extinto planeta Melmac, Alf, o ETeimoso, provavelmente causou muitos traumas infantis – e não só porque queria comer o gato da família Tanner. No primeiro episódio, já temos uma dica do que poderia acontecer com Alf caso fosse capturado. Um agente das Forças Especiais aparece na casa da família e é bem claro no que diz respeito aos seus objetivos: “Vamos ver como ele reage ao calor intenso, congelamento, alta tensão, substâncias tóxicas, medo, falta de sono, inoculação [agulhadas], e, é claro, dissecção”.

Os Tanners ajudam a manter o alienígena seguro e em segredo, e tudo vai bem até que Alf recebe uma mensagem de duas Malmacianas sobreviventes que querem ajuda de Alf para reviver a espécie. Ele decide partir mas, antes que sua carona intergalática chegue, Alf é cercado pelas Forças Especiais. E então, aparecem os créditos finais do episódio, último da série a ser veiculado. Em defesa dos produtores, este não seria o final imaginado para o ETeimoso – a série foi cancelada antes que fosse possível avisar às criancinhas que o protagonista peludo não iria ser dissecado.


6. Família Dinossauro – protagonistas em extinção
Episódio: Changing Nature (1994)

Você não aprendeu isso na escola, mas na TV o responsável pela extinção dos dinossauros tem nome, sobrenome e camisa xadrez hipster: Dino da Silva Sauro. O patriarca da família e principal protagonista da série é o responsável direto pela era do gelo e consequente extinção da sua espécie.

No episódio que é o final oficial da série – existem mais sete episódios que foram exibidos posteriormente, mas se passam antes da grande tragédia -, uma fábrica é responsável pela extinção de importantes besouros. Os pequenos animais eram fundamentais para o controle do crescimento de uma videira que passa a se espalhar descontroladamente. Dino é encarregado de resolver o problema mas, na tentativa de acabar com as vinhas, usa uma quantidade gigante de spray que destrói toda a vida vegetal do planeta. Na tentativa de recuperar as plantas, acaba dando início à era glacial e ao fim dos dinossauros, incluindo toda a família protagonista da série e o bebê cor de rosa. Em meio a uma mensagem ambientalmente correta, Dino pede desculpas por causar a morte de todos, enquanto assistimos o apresentador do jornal encerrar mais uma edição com um mórbido “Boa noite. E adeus.” O fim.


7. Tartarugas Ninja – a lenta decomposição do doutor-zumbi
Episódio: Insane in the Membrane (2003)

“Até pouco tempo atrás eu era um homem completo”. A frase que abre o episódio, dita pelo Dr. Baxter Stockman, logo mostra ser uma piadinha de mau gosto em um dos espisódios mais perturbadores da série das amigáveis tartarugas fãs de pizza. Graças a uma sequência de desventuras científicas, Baxter é reduzido de um homem completo a um cérebro em uma jarra. Ele não se dá por vencido, no entanto, e constrói um clone de seu corpo. Tudo ia bem até que o novo corpo do azarado doutor começa a se decompor lentamente na telinha. Pelos próximos minutos, assistimos ao desaparecimento de Baxter – membro a membro.

Alguém deve ter percebido que o episódio era macabro demais para ser exibido para crianças na TV e foi disponibilizado apenas para aquelas que tinham alguns trocados para comprar o DVD com o episódio que nunca foi ao ar.

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Fonte: Super

21 comentários:

Linkicha - Agregador de links disse...

Muito legal! Curti

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Anônimo disse...

Eu lembro desse episódio da Punk, do caipiroto mesmo!
O Alf teve um filme chamado "Projeto ALF", em que mostra que ele consegue escapar da agencia ileso!
Muito legal o post!

oXerACOla disse...

tem um desenho da disney que era um jogo de futebol americano, eu axo, que tinha uma criança chupando um sorvete e um cara ao lado roubava algumas lambidas ate q no fim a criança da um tiro e mata o cara

Sergio Alexandre disse...

Hmm... eu assisti só o primeiro e não é nada do que vc falou. O final é um final bem feliz sim quando ele descobre que os membros são iguais á Betty Boop. E além do mais, o desenho acaba aí mesmo, e não tem nada de Mickey Mouse. Você distorceu completamente, você só pode ter uma mente bem doente pra ver tanta coisa doente num desenho que ao meu ver foi bem inocente.

Anônimo disse...

Eu me lembro daquele ep de Tom e Jerry...hoje acho mais trágico do que quando era criança. Talvez crianças sejam distraídas demais pra notar a profundidade do desenho...

Unknown disse...

esses desenhos são ótimos, tudo o que vc escreveu deles são piadas pra min... sensasionalistazinho patético

Anônimo disse...

PUTSSSSSSSSSS, Levada da Brecaaaa meu deus como eu me CAGUEI nesse episódio, simplesmente NUNCA esqueci!

Casa do escritorio - Elaine disse...

Bom este artigo

Anônimo disse...

se eu uma pessoa de 19 anos fiquei assustada com boa parte dos videos ,imagino uma criança de 7 ou 8 anos.

william haddad disse...

sua postagem foi providêncial eu estava atrás destes desenhos faz tempo

Anônimo disse...

Post muitissimo bom.Fazia tempo que não dedicava tanto tempo em uma matéria.O vídeo Bimbo’s Initiation realmente me assustou.Parecia jogos mortais.Tenho sempre a impressão que desenhos não eram feitos exatamente para o publico infantil.Do tom e Jerry e da família Dinossauro eu já tinha visto.

Anônimo disse...

Cara, sensacional a postagem, gostei muito de como ela foi montada e chega a ser bizarra as cenas. =]

Anônimo disse...

Olha tive muitos pesadelos com aquele episódio da Punk, foi punk demais pra mim kkkk, assisti os videos postados aqui, mas o dela não tive coragem... =S

Anônimo disse...

esses desenhos antigos do looney tunes mostravam as emoçoes de maneira nua e crua,de um jeito que os desenhos de hoje em dia não fazem!sinceramente dá NOJO ver o novo tom e jerry pq tiraram as duas coisas que eu mas gostava:as dinamites e a trilha sonora orquestral.trágico!

Anônimo disse...

Nao vi nada de mais em nenhuma postagem. Vale lembrar que antigamente o conceito de desenho animado = seres ficticios era maior... todo mundo sabia que precisava de mais do que uma bomba ou um prescipicio para machucar um desenho animado. Todos deve lembrar-se do desenho Roger Rabit em que as pessoas de carne e osso levavam marretada na cabeça e nao se machucavam. Outra boa referencia é o filme do Mascara (The Mask). Tudo faz parte de um mundo lúdico e fantasioso que pelo menos na minha cabeça era bem diferente de um filme de terror por exemplo.

Unknown disse...

eu já assisti ao episódio de Tom e Jerry na tv. cara, é uma das coisas mais depressivas que eu ja vi

Anônimo disse...

cara tem um epsodio dos Tyne toon (adorava esse desenho) q eu assisti uma unica vez, e era bem sinistrão, no epsodio o perninha, o Pluck e o presuntinho viram alcoolatras e acabam se esborrachando num muro e morrendo em um acidente de carro, logico estavam dirigindo bebados, acho q a intenção era fazer aquele tipo de alerta para as crianças sei la, mais acabou ficando bem sombrio, alguém aí lembra disso???

Anônimo disse...

Parabéns bem interessante, mas a do bebê e do irmão ele só jogou no lago porque ele pediu água sendo que a pouco tinha saído de um lago. Tudo é uma questão de interpretação. A do Tom e Jerry é clássica para min é o melhor episódio. Mas ficou bem legal. Está é a magia dos desenhos mais antigos tudo depois volta ao normal (no caso do Tom e Jerry) e agente nem se lembra do que pode ter acontecido com eles.

Rpgeiro pessimista disse...

Esses dai não são nada comparado a esse...

http://www.youtube.com/watch?v=2B-6JkVGs18

Anônimo disse...

lembro de um episodio do popeye bem diferente:um dia aparece na porta do popeye o pai biológico do gugu(bebê adotivo do popeye)e levava o menino pra viver com ele num circo!o popeye entrava em estado de depressao e voltava pra buscar o gugu.no final lembro que era tudo um sonho!acho que foi o único episódio que vi o popeye chorar!

Thaly disse...

Com certeza esses desenhos não eram uma boa ideia para crianças da época, ao se levar em conta que não tinham a mente evoluída como as de agora.

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