sábado, 27 de outubro de 2012

Sol, praia, Marimbondo...


      Sempre tive muito azar quando ia à praia com a família  isso quando criança. Vocês vão concordar depois que eu terminar de contar este fato. Veja bem, desconheço alguém que nunca foi picado por um marimbondo (vespa), abelha ou qualquer criatura infeliz deste tipo, durante sua vida. Pois é, até ai tudo bem. Cresci escutando histórias de meu pai que dizia já ter passado abelha até no rosto, só pra tomar ferroada e ficar de atestado em casa. E olha que pelo menos nisso eu acredito nele.

      Eu era do tipo que atraia os tais bichos. Literalmente. Quando não me pegavam desprevenido eu tinha a incrível e instintiva capacidade de achar um ninho deles, dai pra frente eu tinha que cutucar os bichos. Custava deixar quieto quem já tava quieto?? Não. Parece que alguém me instruía a achar os malditos. E outra, era só olhar pros lados que sempre achava uma varinha. Já cuidaram que quando precisamos encontrar alguma coisa geralmente perdemos um bom tempo procurando? Não era o caso. A varinha acompanhava os bichos.
       Só quem já foi ferroado sabe bem como é que dói. Sabe que já por instinto a gente procura evitar chegar perto deles pra não ser apanhado. Não sei por qual motivo não era isso que acontecia comigo. Parece que quanto mais ferroada tomava, mais tinha que cutucar. Estávamos em GUERRA.
       Era boca, rosto, costas, cabeça, mão, pé, tudo quanto é canto esses bichinhos me castigavam. Então, seja lá por vingança, seja por maldade, um dia consegui pegar um deles, pensei: Tu me paga! Arranquei o ferrão dele e fiquei cutucando o bicho até enjoar. Que show hein! Que nada. Olha a vingança que me aprontaram:
      Família na praia, sol, areia e mar, o que mais uma criança poderia querer? Pois é, era tudo alegria, correria e bastante banho, pelo que lembro tinha pouca gente na praia aquele horário. A bexiga apertou! Tinha que tirar água do joelho. Eu tinha o quê, uns 10 ou 11 anos, tirei a pinto pra fora, e pensei: tô nem aí se tem alguém olhando. Quando estava naquele momento de revirar os olhos pra trás de alivio eis que veio o maldito marimbondo, adivinha onde ele acertou... Tivessem me pegado entre uns 15 na cara não teria doido tanto, o gurizinho ficou que nem um balão de tanto que inchou. Veio minha mãe correndo desesperada quando escutou meus gritos na beira da água, achando que eu tinha quebrado pelo menos uma das pernas, tamanho era o desespero. Pelo que lembro depois que sai do Hospital ficou tudo bem. “Tudo” voltou ao normal alguns dias depois.

    Pode até parecer que isso foi tudo um grande acaso, mas eu tenho plena convicção de que foi conspiração dessas criaturas maldosas, incitados por aquele sem ferrão do caramba!
de: Cabeção.

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