terça-feira, 16 de outubro de 2012

Empresa retira impressora 3D de estudante que pretendia 'imprimir' arma

Foto: Reprodução
A fabricante de impressoras 3D Stratasys pegou de volta uma de suas máquinas de impressão alugadas quando descobriu que ela estava sendo usada no desenvolvimento de um modelo de revólver inteiramente feito de plástico.

 A máquina, do modelo Stratasys uPrint SE 3D, é capaz de moldar termoplásticos a altas temperaturas para reproduzir virtualmente qualquer formato. Basta ter o arquivo digital correspondente.

Ela foi alugada pelo estudante americano de Direito Cody Wilson, membro do coletivo online Defense Distributed, para a impressão de uma arma de fogo. O coletivo planejava disponibilizar o protótipo da WikiWeapon – nome dado à arma – gratuitamente na internet para outras pessoas baixarem e fazerem aperfeiçoamentos.

 A polêmica sobre a possibilidade de produzir armas de fogo caseiras através de impressoras 3D bateu forte em julho de 2012, quando um homem anunciou ter usado uma máquina para fabricar partes funcionais de um rifle automático. Diferentemente do caso anterior, a WikiWeapon poderia ser toda feita de plástico, apesar de o material derreter após o primeiro disparo.

A Stratasys recolheu a máquina antes que ela pudesse ser usada, sob a alegação de que a lei não permite o uso de impressoras 3D em operações ilegais. Wilson recorreu à ATF (orgão que cuida da regulação de armamentos nos EUA), mas a organização respondeu que Wilson precisaria de uma licença de fabricação de armas para continuar seu projeto. Wilson manifestou-se dizendo que esperava encontrar obstáculos como esse e que irá atrás de uma licença caso seja necessário.

O vídeo acima foi gravado para incentivar doações ao projeto, Wilson explica que o objetivo da Defense Distribuited não é gerar lucro e sim lutar pela liberdade pessoal e deliberação na internet. “Este projeto [...] é sobre viver num mundo onde você simplesmente baixa o arquivo para o que você quiser fazer”, diz.

No vídeo, Wilson também expõe a possibilidade do eventual desenvolvimento de uma impressora 3D cujas peças possam ser todas impressas em plástico. Desse modo, a máquina seria capaz de gerar cópias de si mesma. Uma pessoa que adquirisse essa impressora poderia produzir cópias da máquina a um custo relativamente baixo e distribuí-las para conhecidos, que fariam o mesmo e assim por diante. Segundo a Defence Distributed, isso implicaria em mudanças profundas na distribuição e regulação legal de bens, pois não haveria como controlar a aquisição de itens por meio de taxação, fiscalização ou barreiras alfandegárias.





Fonte: Tech Tudo

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